Natal na Escócia

Queridos leitores e queridas leitoras,

Primeiro, gostaria de me desculpar pela longa ausência. Este último semestre foi bastante puxado e não consegui arranjar tempo para escrever aqui – administração de tempo não é um dos meus fortes. Mas, como “tempo a gente não arranja, a gente cria”, criei e cá estou! E justo hoje, 21 de dezembro, que acordei na escuridão do dia mais curto do ano. Começou a ficar claro lá fora a partir das 8:30 hs, e esse sol tímido, que vem se escondendo atrás de nuvens na maior parte dos dias, vai começar a se despedir a partir das 3 da tarde. Os dias são mais curtos e mais escuros, e isso causa alterações de humor em muita gente. Compreensível. Eu não me sinto tão afetada assim, mas percebo uma moleza maior, sinto mais sono, e às vezes olho pra esse céu sempre cinza – que aprendi a gostar desde meus tempos em Seattle – e tento lembrar daquela cor azul intensa que ele tinha no verão. Minha mãe, que estava aqui no inverno passado, tinha apenas uma reclamação: “o sol começa a se pôr e vai batendo aquela fome de final de tarde, mas aí a gente olha o relógio e ainda são 3:30!” Ela está certa. O chá da tarde começa a parecer tarde demais, parece que esse jogo de luz e escuridão engana até o estômago, e aí haja disciplina pra não se jogar em comidas quentinhas dessa época.

Enfim, foi pra falar justamente desta época que apareci por aqui, pra contar como é o Natal na Escócia.

Retornar ao Brasil depois de dois anos vivendo na Escócia

Faz quase um ano que retornamos ao Brasil depois de viver dois anos em Aberdeen.

Quem gosta de mudanças ou tem espírito cigano, talvez nem se incomode… talvez até se empolgue em começar tudo de novo, talvez sinta alegria imensa em voltar para o seu país natal… entretanto, sou daquelas pessoas que não se sentem confortáveis com mudanças, aliás, devo confessar que não gosto nem um pouco…

Primeiramente, quando chegamos na Cidade de Granito, em 2015, nada foi muito fácil para mim. Foram meses de adaptação…o frio, o vento, a escuridão daquele dezembro, o alto custo de vida, a pouca grana (péssima combinação) e a solidão (não, a internet não supriu toda a minha carência) encolheram meu coração. Como sair com uma bebê na chuva? Como passar o dia inteiro em casa sem trabalhar?  Como cozinhar todos os dias todas as refeições (eu que nunca me dediquei à culinária e zero criatividade para isso)? Muitos desafios a enfrentar ao mesmo tempo… Passando o desespero inicial, me apeguei a um espírito desbravador. Me dediquei a estudar sobre um país tão antigo, tão cheio de histórias e tradições. Tanta coisa para aprender! Além disso, saí em busca de contatos de outras mães. A grande maravilha da rede é proporcionar essa conectividade e encontrar apoio. Pouco a pouco fui

The Scotch Whisky Experience

Se tem um aspecto da cultura escocesa ao qual eu ainda não me adaptei, é o gosto pelo whisky. Meu consumo habitual de álcool é quase nulo, do tipo que faz um bombom de licor parecer um porre. Ou seja, eu seria a pessoa menos indicada para escrever sobre whisky….até a semana passada. Porque agora, queridos leitores e queridas leitoras, eu fiz o tour da Scotch Whisky Experience e me tornei uma semi-expert no assunto. Aliás, o fato de uma pessoa tão leiga quanto eu conseguir sair de lá entendendo sobre o assunto  já diz muito sobre o sucesso dessa atração.

The Scotch Whisky Experience é uma das atrações mais populares de Edimburgo. Fica na Royal Mile, pertinho do Castelo, e existe há 30 anos! É uma exibição interativa sobre o whisky escocês (conhecido como scotch), mas também tem um restaurante, um whisky bar com mais de 450 whiskies diferentes pra provar, e uma loja.

Mas afinal, começando pelo começo: o certo é whisky, whiskey ou uísque? – muita gente pergunta.

Canal Di pelo mundo – vlog sobre a vida na Escócia

Eu sou a Edite (Di pra quem quiser) e moro na Escócia. Vim parar aqui, mais precisamente em Aberdeen, adivinhem o porquê? (o que será que faria alguém deixar o clima tropical do Brasil pra “se enfiar” no frio e, pior, no vento deste lugar?) – só o amor mesmo né?

Pois é, por causa de um amor, deixei minha terrinha aos 23 anos e me mudei pra cá em 2014: um Reino Unido onde os homens usam saias, cheio de castelos, princesas, rainha e cheirinho de conto de fadas – é assim que me sinto até hoje: vivendo um conto de fadas. E é no Di Pelo Mundo que eu mostro um pouquinho deste “mundo mágico” que é a Escócia (e outros lugares também “around the world”).

Entre viagens e visitas a castelos eu te convido a vir me acompanhar no meu canal. Pode começar clicando no vídeo a seguir e vir conferir um pouco da culinária escocesa, que é um tantinho curiosa quanto exótica. 

Aberdeen: dicas práticas 

Resolvi aproveitar um e-mail que escrevi para um querido leitor que irá passar alguns meses com a família em Aberdeen e transformá-lo em post.

Relato como foi a nossa experiência de forma mais direta com relação a custos, mas sugiro olhar textos anteriores com relatos mais detalhados.

PS:  Orçamento apertado foi com a gente, pois viví­amos com a bolsa de estudos e algumas economias.

Moradia:  Os bairros mais afastados são mais baratos e tem  construções mais modernas. O nosso flat era muito antigo e o aquecimento era elétrico… péssima combinação…gastávamos por volta de 110 libras por mês com isso… o aquecimento a gás é, em geral, mais barato.

Perto da Rosemount, Great Western Road e Bridge of Don também são regiões interessantes. Nãs queríamos uma localização mais central e a uma distância pequena da University of Aberdeen.

Usamos o zoopla,  cityletse o  gumtree  para procurar os imóveis. As imobiliárias geralmente só fazem contrato por no mínimo 12 meses, que foi o nosso caso. Na maior parte das vezes, também exigem alguns meses de aluguel adiantados, pra quem vem de fora do país. Para perí­odos mais curtos, o melhor é procurar imóveis direto com o proprietário.

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