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A saga da carteira de motorista

Quando eu tinha 17 anos, eu estudava nos Estados Unidos, e tirei uma carteira de motorista de lá. Lembro que passei de primeira no exame teórico, mas rodei no prático porque não olhei por cima do ombro na hora de trocar de faixa. Passei na segunda tentativa, e acabei usando essa carteira americana por muito tempo, mesmo no Brasil. Só aos 20 anos eu fiz a carteira de motorista brasileira. Passei de primeira em ambos os testes, e lembro que foi muito tranquilo. E, essa semana, com …. err….. pouco mais de 30 anos (vamos deixar assim) eu finalmente cheguei ao fim da Odisseia que foi tirar a carteira de motorista do Reino Unido. Desses 3 países, achei o teste daqui o mais rigoroso.

Quem vem do Brasil, tem que fazer

Dez observações despretensiosas sobre moda e beleza em Aberdeen

Não que eu seja do tipo super ligada em moda e tendências, pelo contrário, me dei conta que desligar um pouco dos apelos estéticos pode ser libertador… e essa foi uma, das muitas, experiências aqui na Escócia.

1- Roupas adequadas

Primeiramente me dei conta, obviamente, que minhas roupas de inverno gaúchas não enfrentavam o vento escocês. Sentia tanto frio, que eu procurava roupas olhando o seu avesso: “Tem pelinho? Fleece? Pena de ganso? Esquenta de verdade?” … mas devo confessar que com as minhas primeiras peças não cheguei ao resultado esperado de não sofrer com aquele ar gelando os ossos… foram muitas toucas, luvas, meias, pantufas, em aquisições desesperadas e não satisfatórias.
Pouco a pouco fui abandonando a elegância e buscando conforto. Devo confessar que fui um pouco além do que deveria…. mas agora saio bem alegre pelas ruas de Aberdeen. Investi num casaco bem quente, à prova de água e vento, coloco minha touca de lã forrada que cobre as orelhas, uma manta tipo gola de lã com pelinho dentro, luvas de couro, calça de lã e botas… ufaaa…

2- Acessórios

“É preciso uma vila…” Mudando de país com crianças pequenas.

Quando a gente decide sair do próprio país, sabe que vai ganhar muitas coisas: experiência de vida, novos horizontes, maturidade. Mas também sabe que vai perder muita coisa, como a familiaridade com o jeito como tudo funciona e o convívio próximo com amigos e parentes. Nunca é fácil ir para longe. Menos ainda quando se migra para um lugar onde não se conhece ninguém, como foi o meu caso aqui na Escócia. Se a aventura inclui filhos, o desafio ganha outra dimensão, porque você não apenas tem que se adaptar, mas também tem que criar um ambiente que facilite a adaptação deles. E isso significa, principalmente, fazer amizades.

Eu já fui imigrante outras vezes, e sempre achei fácil fazer amizades novas. Eu era mais jovem e nunca vi isso como um problema. Mas essa é a primeira vez que me vejo em outro país como mãe, e isso muda as coisas completamente.

Desafio das guloseimas: explorando o supermercado.

Uma das grandes dúvidas que aparece imediatamente após se decidir morar em outro país é: “Como vai ser a nossa alimentação?” e “ Vamos nos adaptar?”

Essa preocupação se multiplica várias vezes quando, primeiro, se tem um bebê que começou a introduzir alimentos sólidos há poucos meses e está em plena crise de um ano de idade (para quem não sabe, nessa época os bebês têm dias de completa inapetência e nada do que você oferece está bom… o que é um pesadelo para as mães); segundo, você não tem dotes culinários, pouquíssima intimidade com preparo de legumes e muito menos criatividade para cozinhar todos os dias… (isso eu não coloquei na minha lista de ousadias no Projeto Aberdeen, ops!).

Entretanto, graças ao fato de Aberdeen ser uma cidade que funciona em função da indústria do petróleo e da universidade, por aqui

Aterrisando em Aberdeen

Então, cá chegamos… As imagens de satélite já haviam me chamado a atenção enquanto procurávamos a melhor localização para nosso novo lar. Quadradinhos cinzas simétricos, dispostos em diferentes formas geométricas.

Sempre gostei de morar no centro da cidade, com todas conveniências a uma distância razoável para curtas caminhadas. Entretanto, precisávamos que fosse próximo da universidade, já que Aberdeen não possui sistema de metrô e as passagens de ônibus são caras.

Então, após extensa pesquisa, o Daniel encontrou um flat na simpática Jamaica Street, que além de ser vinte minutos a pé do Departamento de Geologia, também ficava próximo a um grande supermercado e quinze minutos do centro. Então nos fixamos numa área chamada Old Aberdeen, onde

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