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Saúde na Escócia: Como enfrentamos alguns problemas de saúde em Aberdeen

Uma das minhas maiores preocupações, que me gerava muita angústia ao mudarmos de país, era de como seríamos atendidos em caso de problemas de saúde. Essa questão se multiplicou por mil com uma criança de 1 ano de idade. Meu marido acha que eu exagero, penso sempre no pior. Concordo em parte, pois é verdade que como já presenciei muita coisa, casos muito graves, situações dramáticas e complexas, além de ter estudado, de uma maneira geral, doenças e suas complicações… sim, eu vejo o lado pior. Discordo do fato de achar que não se deve pensar nisso. O fato é que adoecemos, e algumas vezes de forma inevitável. Sofremos acidentes. Nosso corpo, em algum momento, padece. E nesse contexto de doença, o ser humano se enfraquece, se apequena, se fragiliza. Precisamos de ajuda. Nem sempre bolsa de água quente, chá e repouso resolvem. E não conhecer como essa ajuda a acontece pode ser desesperador.

Por exemplo,

Festa de aniversário infantil na Escócia

Os escoceses são um povo de hábitos simples. Até um tempo atrás, festas infantis na Escócia nem eram comuns. Comemorava-se com um bolo depois do jantar, e olhe lá! Mas, hoje em dia, elas são bastante populares, e toda criança espera ter algum tipo de festinha em seu aniversário. As coisas continuam simples (ao menos quando se compara ao que estamos acostumados no Brasil), mas existem uma série de “regrinhas” de etiqueta que todo mundo espera que sejam cumpridas.

No Brasil, é muito comum que se faça uma festa no primeiro aniversário da criança. E, geralmente, acaba sendo um evento para adultos, porque a criança ainda não tem amigos próprios, e fica ali sem entender nada do que está acontecendo. Aqui na Escócia, as pessoas não veem muito sentido nisso. O mais comum é que se convide os avós, tios e primos (no máximo, mas muitas vezes nem isso) para um jantar ou almoço com um bolinho simples depois, em casa ou em um restaurante. E costuma ser assim até que a criança comece a frequentar a nursery, geralmente aos 3 anos de idade. Então, as primeiras “festas” mesmo acontecem depois dos 4 anos de idade, quando a criança já está na fase de ter amigos.

É possível fazer algo na escola, também. A mãe do aniversariante leva um bolo simples ou alguns cupcakes (que geralmente ela mesma fez, com a ajuda da criança) e, depois do lanchinho rotineiro, as professoras colocam uma velinha no bolo, todo mundo canta parabéns (sem bater palmas!) e pronto. As outras mães nem ficam sabendo, ninguém leva presentes, não há decoração, lembrancinhas, nada mais. A maioria dos aniversariantes também gosta de passar o dia com um “botton” de aniversário.

As festas de aniversário podem ser feitas em casa, em salões de igrejas, parques infantis (de soft play, por exemplo), em restaurantes, cafés, etc. Quase todos os locais frequentados por crianças possuem disponibilidade para festas. Mas a maioria comemora em casa mesmo.

Geralmente, os pais perguntam para a criança quem ela quer convidar, ou convidam só os amiguinhos mais próximos. Já ouvi falar de uma regrinha que diz que o número de convidados deve ser a idade da criança +1, mas nem todo mundo segue isso. Nada de convidar a turma toda da escola, mas cuidam para não excluir apenas alguns, ou seja, convidam menos da metade da turma. Ou se faz uma festa conjunta, quando os aniversários são próximos e as crianças são amigas e, aí sim, podem convidar toda a turma.

Os convites são enviados com pelo menos um mês de antecedência, e é fundamental (quase obrigatório) confirmar presença. Dependendo da festa, o convite avisa como a criança deve se vestir (fantasia, roupa de chuva, etcs). As horas de início e fim são cumpridos à risca: geralmente são duas horas de festinha, e apenas para as crianças. Os pais dos convidados não ficam, e voltam só para buscá-los (pontualmente!) ou, como já vi muito por aqui, chegam nos 15 minutos finais, para a hora do bolo e parabéns (mas só se isso estiver escrito no convite).

Artigo orginalmente publicado em:

http://www.brasileiraspelomundo.com/escocia-festas-de-aniversario-infantis-na-escocia-481457527

Post Fitness: Como mantenho a forma na Escócia.

Uma das perguntas que eu nunca soube responder, sobre a vida na Escócia, é sobre opções de exercícios físicos. As pessoas querem saber se aqui existe academia, aula de zumba, natação, spinning, quanto custa, como funciona, etcs. Só que eu moro em um vilarejo de mil habitantes que não tem nem mercado, então sempre respondo, brincando, que minhas únicas opções, por aqui, são nadar no mar ou arremessar troncos, no melhor estilo Highlander Games.  Eu adoro nadar, mas guardo a minha coragem de entrar na água congelante para o Hogmanay. E arremessar troncos não faz bem o meu estilo.

O dia em que encontrei um xenófobo…

Eu sei que o título é forte, mas adianto que tudo acabou bem. Aliás, tão bem, que eu até pensei em nem relatar isso aqui mas, afinal, foi algo que aconteceu aqui, na minha vida na Escócia, e faz parte do rol de riscos que todo estrangeiro corre: ser julgado/hostilizado por ser de fora.

Eu nunca me senti diferente por ser estrangeira. Aliás, a não ser no Peru, onde eu não conseguia caminhar pelas ruas sem que vários taxis buzinassem (oferecendo o serviço, por deduzirem que eu era turista). Pode ser que a minha aparência, que por lá fazia com que soubessem que eu não era peruana, tenha me ajudado a passar despercebida nos outros lugares onde morei.

De carro pelas Highlands: um passeio e muitas reflexões

[Escrito em conjunto por: Silvia Bueno Garofallo e Nicola Chiarelli Garofallo]

Sempre gostei de viajar de carro.

Na minha infância, para sair de Santa Maria, interior do Rio Grande do Sul, todas as viagens representavam longos passeios.

Para a minha natureza canceriana contemplativa, olhar pela janela do carro me trazia, e ainda me traz, momentos de paz. Começo a mentalmente comparar aquela experiência a todas situações da vida. Nas viagens, sempre vamos em frente. Vislumbramos lindas paisagens, o horizonte… onde, impreterivelmente chegaremos, passaremos e, depois, deixaremos para trás. E o deixar para trás não tira a beleza da viagem. Tudo passa. Inclusive o belo, inclusive o desejado. Sim…uma hora chegamos ao destino, mas muitas coisas ficaram para trás. Desapegamos. Não podemos segurar.

E assim eu fui, muito entusiasmada, pois sabia que teria meu momento de meditação rumo às Highlands, ponto turístico

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