Quando a gente decide sair do próprio país, sabe que vai ganhar muitas coisas: experiência de vida, novos horizontes, maturidade. Mas também sabe que vai perder muita coisa, como a familiaridade com o jeito como tudo funciona e o convívio próximo com amigos e parentes. Nunca é fácil ir para longe. Menos ainda quando se migra para um lugar onde não se conhece ninguém, como foi o meu caso aqui na Escócia. Se a aventura inclui filhos, o desafio ganha outra dimensão, porque você não apenas tem que se adaptar, mas também tem que criar um ambiente que facilite a adaptação deles. E isso significa, principalmente, fazer amizades.
Eu já fui imigrante outras vezes, e sempre achei fácil fazer amizades novas. Eu era mais jovem e nunca vi isso como um problema. Mas essa é a primeira vez que me vejo em outro país como mãe, e isso muda as coisas completamente.