Sendo mãe de criança pequena na Escócia – Parte 2: Como planejar a alimentação de uma criança pequena em outro país?

Depois que eu saí de casa, com 26 anos, fui morar sozinha e assim fiquei por mais ou menos 10 anos. Eu achava chato cozinhar só para mim e também passava muito tempo no hospital, fazendo as minhas refeições por lá mesmo. Além do mais, não fui daquelas pessoas abençoadas com dotes culinários, embora eu adore ler sobre comida e experimentar novos sabores. Aliás, no meu doutorado avaliei o efeito de algumas intervenções dietéticas sobre a saúde cardiovascular, mais especificamente, do azeite de oliva e da noz pecã.

Bom, quando a Milena chegou, piscou meu sinal de alerta sobre o assunto. Contei com a ajuda da minha sogra e da tia do meu marido (que foi babá da Milena por nove meses), que tinham muita habilidade na cozinha, durante a introdução alimentar. Além de observá-las pilotando o fogão, peguei meu caderninho de receitas e fui anotando tudo, até como cozinhar a couve-flor (esse era o meu nível!). Mas quando me vi sozinha em Aberdeen, com um mundo de opções à minha frente, bloqueei. Sem contar que a Milena ficou rejeitando qualquer tipo de comida que eu oferecesse durante as primeiras duas semanas. Um pavor. Uma noite, depois que eu havia passado umas duas horas na cozinha preparando arroz, lentilha, um franguinho e cenoura cozida e ela não quis nada, fui chorar no quarto.

Buscando inspiração

Sendo mãe de criança pequena na Escócia – Parte 1: Como vestir uma criança no frio?

A pedido da Daniela Bohrer, que me conhece desde os 7 anos de idade, resolvi escrever esse post sobre maternidade. A Escócia me trouxe aprendizados especiais sobre ser mãe e me proporcionou muitas oportunidades para refletir sobre o assunto. Foi muito difícil parar de trabalhar, ficar com pouco dinheiro e enfrentar um inverno escuro e úmido, em outro país e sem nenhuma ajuda por perto, com uma criança de um ano de idade. Difícil mesmo. Antes de chegar, calculei que precisaria de três meses para nos adaptarmos, mas agora, um ano e meio depois, vejo que foram necessários mais do que doze. Bateu a solidão, a depressão e, posso dizer, alguns momentos de desespero.

Entretanto, recebi uma injeção de ânimo através de um precioso conselho.

Quando fazia aproximadamente um mês que estávamos em Aberdeen, em uma tarde, fui a um café organizado em um salão de uma igreja nas férias de inverno. Lá, fui acolhida por um simpático senhor

Entrevista para o Sassenachs BR

Tive uma conversa super legal com o pessoal da Sassenachs BR, sobre a Escócia e sobre Outlander, confiram no link: https://sassenachsbr.wordpress.com/2017/07/13/sassenachs-podcast-04-entrevista-com-a-outlander-anelise-kaminski/  

Dunnottar Castle

Não faz muito, a Silvia contou um pouco sobre o Dunnottar no post sobre os castelos de Aberdeenshire .

Ele estava no topo da minha lista de castelos para visitar (que é bem “comedida” e inclui cerca de apenas 90% dos castelos da Escócia) já há algum tempo e, agora que fui, ele passou a ocupar o topo da minha lista de castelos favoritos.

O Dunnottar é impressionante! O local, as ruínas, a natureza, o astral de todo o conjunto causam uma sensação mista de estar em um filme e estar no passado. Dá vontade de passar o dia todo por ali, andando pelos penhascos, pelas praias, explorando cada canto. O lugar é incrível mesmo, virei fã! 😍

O acesso requer disposição, pois é por um caminho íngreme de escadas, em uma espécie de ístmo entre os penhascos.

Saúde na Escócia: Como enfrentamos alguns problemas de saúde em Aberdeen

Uma das minhas maiores preocupações, que me gerava muita angústia ao mudarmos de país, era de como seríamos atendidos em caso de problemas de saúde. Essa questão se multiplicou por mil com uma criança de 1 ano de idade. Meu marido acha que eu exagero, penso sempre no pior. Concordo em parte, pois é verdade que como já presenciei muita coisa, casos muito graves, situações dramáticas e complexas, além de ter estudado, de uma maneira geral, doenças e suas complicações… sim, eu vejo o lado pior. Discordo do fato de achar que não se deve pensar nisso. O fato é que adoecemos, e algumas vezes de forma inevitável. Sofremos acidentes. Nosso corpo, em algum momento, padece. E nesse contexto de doença, o ser humano se enfraquece, se apequena, se fragiliza. Precisamos de ajuda. Nem sempre bolsa de água quente, chá e repouso resolvem. E não conhecer como essa ajuda a acontece pode ser desesperador.

Por exemplo,

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