Categoria: Highlands

O “monstro” do Lago Ness – pequeno guia básico

Milhares de turistas visitam a Escócia todos os anos, e grande parte deles faz questão de ir até o Lago Ness para, quem sabe, avistar algo suspeito nadando em suas águas. Anualmente, são computados centenas de novos avistamentos. Muitos deles são facilmente identificáveis como sendo focas, troncos ou ondas – as águas do Ness possuem uma corrente interna que às vezes se move na direção contrária da externa, criando uma ilusão de ótica bastante convincente de “corcundas”. Mas muitos outros ficam sem explicação.

Os avistamentos mais convincentes costumam aparecer nos jornais daqui. Lembro de ter achado graça de um relato que li, de um sujeito que trabalha em uma destilaria de whisky ali perto e, quando estava voltando para casa, diz ter visto o monstro e bateu uma foto estranha de movimento nas águas. Lembrei, na hora, do guia da excursão que fiz a primeira vez que fui ao Lago Ness, e da resposta que ele me deu quando perguntei o que ele achava da lenda: “Bem, muita gente de confiança relata ter visto algo estranho….mas, você sabe, gente de confiança também bebe whisky….”

Aliás, para os escoceses, não existe um “monstro” no Lago Ness, e sim uma “monstra”, carinhosamente apelidada de Nessie. Meu filho, aos 4 anos, aprendeu na pré-escola do nosso vilarejo que Nessie é muito tímida, e por isso se esconde das pessoas. As professoras mostraram fotos e contaram histórias dos avistamentos mais famosos. Nessie é tão popular que já virou protagonista de filmes, livros, e até de um curta metragem da Disney intitulado “A Balada de Nessie”:

O início da lenda data do século XI, quando São Columba relatou ter salvo um morador local do monstro, ordenando que ele voltasse às profundezas do Ness.

Loch Ma Naire: o Lago com Poder de Cura​

Existe, no norte da Escócia, em uma região bastante remota e desabitada, um pequeno lago chamado Loch Ma Naire – ou Loch Mo Naire.

Loch Ma Naire. Foto: Richard Webb

Existem duas histórias principais sobre este lago. Uma delas conta que “Ma Naire” era uma antiga deusa local, e que este lugar já era sagrado muito antes do cristianismo. Por centenas de anos, peregrinos vinham de toda a região das Highlands, esperançosos de cura.

Outra, mais recente, diz que o lago adquiriu seu poder de cura por causa de uma pedra sagrada que pertencia a uma mulher local. Ela era uma espécie de bruxa/curandeira, que possuía sexto sentido e usava essa pedra para curar pessoas. A fama da pedra chegou aos ouvidos de um lorde da região, que quis roubá-la. A mulher pressentiu que ele viria, fugiu, e jogou a pedra no lago.

De carro pelas Highlands: um passeio e muitas reflexões

[Escrito em conjunto por: Silvia Bueno Garofallo e Nicola Chiarelli Garofallo]

Sempre gostei de viajar de carro.

Na minha infância, para sair de Santa Maria, interior do Rio Grande do Sul, todas as viagens representavam longos passeios.

Para a minha natureza canceriana contemplativa, olhar pela janela do carro me trazia, e ainda me traz, momentos de paz. Começo a mentalmente comparar aquela experiência a todas situações da vida. Nas viagens, sempre vamos em frente. Vislumbramos lindas paisagens, o horizonte… onde, impreterivelmente chegaremos, passaremos e, depois, deixaremos para trás. E o deixar para trás não tira a beleza da viagem. Tudo passa. Inclusive o belo, inclusive o desejado. Sim…uma hora chegamos ao destino, mas muitas coisas ficaram para trás. Desapegamos. Não podemos segurar.

E assim eu fui, muito entusiasmada, pois sabia que teria meu momento de meditação rumo às Highlands, ponto turístico

Highlands: tudo que você queria saber (ou quase tudo).

A maioria das pessoas, quando pensa na Escócia, imagina logo as Highlands. Aquelas paisagens com picos nevados, vales, lagos, e os scots correndo de saias pelas montanhas ao som de gaita de foles, como se fizesse sempre calorosos 15 graus.

Hollywood ajudou bastante nessa visão:

Círculos de Pedras e viagens no tempo

Preciso começar este post informando – para quem ainda não sabe – que Craigh na Dun não existe! Foi um lugar inventado pela autora de Outlander. O círculo de pedras foi construído em isopor para as filmagens, em uma colina de Kinloch Rannoch, em Perthshire (e não em Inverness).

Aliás, se Craigh na Dun existisse mesmo, eu não estaria aqui escrevendo. A julgar pelo sucesso da série e pela quantidade de mulheres loucas para viajar no tempo e encontrar um highlander sósia do Jamie (já aviso que dentes perfeitos serão improváveis), eu estaria agora com uma banquinha montada lá, distribuindo senhas de acesso à pedra principal e fazendo fortuna vendendo antibióticos para as viajantes. Porque é sempre uma má ideia ir para o passado sem uns remedinhos modernos no bolso…

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