Categoria: História Page 14 of 22

Tours virtuais pela Escócia

Nestes tempos estranhos, em que a maior parte de nós passou, ainda passa ou passará por um período de quarentena, e em que viagens estão temporariamente suspensas, resolvi reunir aqui vários tours virtuais para que vocês possam, de casa, passear por alguns pontos interessantes da Escócia. Aliás, como muitos desses lugares estão fechados, mesmo quem mora aqui só pode visitá-los virtualmente, por enquanto.

Espero que vocês gostem!

Castelo de Edimburgo:

O Castelo de Edimburgo é um dos lugares fortificados mais antigos da Europa, e a principal atração da cidade. O lugar, que já foi residência real, guarnição militar, prisão e fortaleza, guarda histórias e segredos incríveis.

Williamina Fleming: a empregada escocesa que mapeou os céus.

Williamina Fleming, uma escocesa nascida em Dundee em 1857, não estava exatamente em bons lençóis quando o marido a abandonou. Com um filho pequeno, e morando em Boston, nos Estados Unidos, para onde o casal havia se mudado anos antes, as chances de ela conseguir um bom emprego eram muito pequenas. Longe da família e do próprio país e – pior ainda, para aquela época – sendo uma mulher (e abandonada, ainda por cima), tudo indicava que a vida, a partir de então, seria uma grande batalha pela sobrevivência, sem quaisquer perspectivas de sonhos ou grandes conquistas. 

Williamina, circa 1900
Fonte: BBC

“The Skye Boat Song” e a fuga de Bonnie Prince Charlie.

Muita gente conhece a música “The Skye Boat Song” como “a música de abertura de Outlander”. Mas ela é, na verdade, uma música folclórica escocesa do século XIX, que conta a fuga do Bonnie Prince Charlie, após a Batalha de Culloden, em 1746. O compositor de Outlander é escocês, conhecia a música desde sempre e adaptou a letra para combinar com a história do seriado.

Fãs de Outlander também certamente conhecem o personagem principal da música original, o Bonnie Prince Charlie.

O de peruca.

Vou ser sincera e dizer que não acho que a retratação que foi feita dele, na série, foi justa. Nela, ele aparece como um homem predominantemente mimado, arrogante, fraco e egoísta. E, se ele fosse, de fato, assim, não teria conseguido mobilizar todo o suporte que teve, ou completado a cansativa odisseia de superar distâncias e circunstâncias extenuantes, tanto física como emocionalmente.

Poucos de nós chegariam tão longe. Poucos de nós teriam a coragem e a determinação que ele teve. Eu sei que eu não teria. Eu provavelmente teria desistido muito antes de botar os pés na Escócia, então não quero nem pensar em como me retratariam… 😅

Muitos historiadores argumentam que essa imagem “fraca” que se fez dele na mídia é um fruto persistente da propaganda negativa pós-revolução. Mas está na hora de pararmos, olharmos para a história, e admirarmos um homem que não só era bonito (“bonnie”, em escocês) mas também absurdamente corajoso e estupidamente humano, o que me ajuda ainda mais a admirá-lo.

O Médico da Peste

Eles parecem saídos de um filme de terror mas, se você vivesse na Escócia do século XVII, e tivesse sido acometido pela Peste, ia querer que um desses entrasse na sua casa. Os “Médicos da Peste” eram a última esperança de quem já havia sido contaminado. A má notícia é que eles raramente conseguiam curar seus pacientes. 

Uma capela italiana em uma ilha no norte da Escócia: como assim?


Em outubro de 1939, um submarino alemão passou por entre as ilhas que compõem o arquipélago de Orkney e afundou um encouraçado britânico, fazendo com que. Winston Churchill tomasse a decisão de construir barreiras marítimas no local, para proteção. A falta de mão-de-obra para construir as barreiras coincidiu com a captura de milhares de soldados italianos que lutavam no norte da África. O governo britânico decidiu, então, levar 1000 desses prisioneiros de guerra italianos para as Ilhas Orkney, e utilizá-los na construção.
Só que esses italianos, depois de um tempo em terras remotas escocesas, morando no acampamento de prisioneiros, sem vinho, sem tarantella, sem uma mamma que fizesse uma boa macarronada, e provavelmente cansados de viver à base de bacalhau ensopado, resolveram que precisavam rezar, e pediram permissão para construir uma capela.

Page 14 of 22

Desenvolvido em WordPress & Tema por Anders Norén

You cannot copy content of this page