Categoria: Cultura Page 12 of 17

Burns Night

Dia 25 de janeiro é uma data em que os escoceces aproveitam para manifestar toda a sua escocesidade inata e latente: Burns Night. Neste dia, comemora-se o aniversário do poeta Robert Burns, que é o grande bardo da nação.

Hoje é um dia em que se vê mais kilts pelas ruas do que de costume, mas o evento mais importante é a Burns Supper – um jantar tradicional que celebra a vida e a obra do Mr Burns.

Ops, figura errada… sorry!

Fireballs em Stonehaven – celebrando o fim do ano na Escócia

Antes mesmo de chegarmos na Escócia, em dezembro de 2015, já haviam me recomendado participar do Hogmanay, o Ano Novo escocês. Fiquei super empolgada na época, porém todo o encanto se perdeu, naquele ano, devido ao frio, ao vento, à chuva, à escuridão e à minha falta de intimidade de combinar tudo isso em sair à meia-noite com um bebê de um ano de vida. Resultado: às 22h do dia 31, já estávamos bem quentinhos embaixo das cobertas.

No ano seguinte, o cenário era diferente. Depois de um 2016 tenso, complicado, sofrido… porém com algumas conquistas pessoais, decidimos que precisávamos celebrar.

Nossa escolha foi um tanto ousada: os Fireballs de Stonehaven.

Halloween em um pequeno vilarejo escocês

No ano passado, eu escrevi um post explicando um pouco sobre o Halloween na Escócia.  Mas, ao invés de sair para o guising (se fantasiar e pedir doces-ou-travessuras nas casas), nós havíamos ido a uma festinha de Halloween, na casa de amigos. Já este ano participamos de tudo: festa e guising.

A escola local organizou uma festa de Halloween, dias antes, para as crianças e os pais, e estava bem legal. Tinha todas as comidas e brincadeiras típicas de Halloween, a escola estava inteira decorada e os pais e as crianças capricharam nas fantasias. Tinha também um concurso de abóboras e de melhor fantasia.

“Direito de Vagar” – o que é?

Quando escrevi o post sobre o círculo de pedras que visitei em Aberdeenshire, mencionei um tal “direito de vagar”. Muita gente me pediu pra explicar melhor o que é isso. Posso ter passado a impressão que esse direito me autoriza a sair pulando cercas e invadindo propriedades privadas Escócia afora, mas a coisa não é bem assim.

O direito de vagar (em inglês: the freedom to roam), ou também chamado, em alguns países nórdicos, de “everyman’s right” , é o direito do público em geral a acesso a terras públicas ou privadas para recreação e exercício. Ele parte do pressuposto de que todas as pessoas têm o direito de desfrutar das belezas naturais do país, como por exemplo da vista do topo de uma montanha ou uma praia isolada. E se, para chegar até o topo dessa montanha ou até essa praia, a pessoa precisar passar por território privado, então ela tem esse direito, desde que siga as regras do Código e o faça com educação e bom senso.

Esse é um direito muito antigo no norte da Europa, e também existe em países como Finlândia, Islândia, Noruega, Suécia, Estônia, Letônia, Lituânia, etcs. Ele é mais ou menos restritivo dependendo das leis de cada local. Na Suécia, por ex, pode-se inclusive

Sendo mãe de criança pequena na Escócia – Parte 2: Como planejar a alimentação de uma criança pequena em outro país?

Depois que eu saí de casa, com 26 anos, fui morar sozinha e assim fiquei por mais ou menos 10 anos. Eu achava chato cozinhar só para mim e também passava muito tempo no hospital, fazendo as minhas refeições por lá mesmo. Além do mais, não fui daquelas pessoas abençoadas com dotes culinários, embora eu adore ler sobre comida e experimentar novos sabores. Aliás, no meu doutorado avaliei o efeito de algumas intervenções dietéticas sobre a saúde cardiovascular, mais especificamente, do azeite de oliva e da noz pecã.

Bom, quando a Milena chegou, piscou meu sinal de alerta sobre o assunto. Contei com a ajuda da minha sogra e da tia do meu marido (que foi babá da Milena por nove meses), que tinham muita habilidade na cozinha, durante a introdução alimentar. Além de observá-las pilotando o fogão, peguei meu caderninho de receitas e fui anotando tudo, até como cozinhar a couve-flor (esse era o meu nível!). Mas quando me vi sozinha em Aberdeen, com um mundo de opções à minha frente, bloqueei. Sem contar que a Milena ficou rejeitando qualquer tipo de comida que eu oferecesse durante as primeiras duas semanas. Um pavor. Uma noite, depois que eu havia passado umas duas horas na cozinha preparando arroz, lentilha, um franguinho e cenoura cozida e ela não quis nada, fui chorar no quarto.

Buscando inspiração

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