Categoria: Cotidiano Page 11 of 13

Boas razões para visitar a Catedral de Aberdeen

1. Fica no coração da cidade

Após chegarmos em Aberdeen, passaram-se duas semanas para eu me recuperar do choque inicial e para que o tempo ficasse firme o suficiente para eu criar coragem para ir caminhando até o centro da cidade. Um dia frio, mas bastante ensolarado, dia 25 de dezembro de 2015. O nosso destino era caminhar pela Union Street, a grande avenida da cidade. Ao entrarmos nela, logo nos deparamos com um enorme pórtico de granito, com árvores muito altas, que naquela época de inverno, encontravam-se desnudas. Ao fundo, a catedral (aqui chamada The Mither Kirk ou The Mother Church) da cidade, a Kirk of Saint Nicholas, com as típicas torres pontiagudas de estilo gótico. O jardim, que as pessoas ocupam como praça, era algo peculiar: um cemitério!

Foto: Silvia Garofallo

O dia em que encontrei um xenófobo…

Eu sei que o título é forte, mas adianto que tudo acabou bem. Aliás, tão bem, que eu até pensei em nem relatar isso aqui mas, afinal, foi algo que aconteceu aqui, na minha vida na Escócia, e faz parte do rol de riscos que todo estrangeiro corre: ser julgado/hostilizado por ser de fora.

Eu nunca me senti diferente por ser estrangeira. Aliás, a não ser no Peru, onde eu não conseguia caminhar pelas ruas sem que vários taxis buzinassem (oferecendo o serviço, por deduzirem que eu era turista). Pode ser que a minha aparência, que por lá fazia com que soubessem que eu não era peruana, tenha me ajudado a passar despercebida nos outros lugares onde morei.

Animais na Escócia

Se tem uma coisa que me chamou a atenção aqui na Escócia, foi a situação dos animais. No Brasil, eu estava acostumada a ver muitos cachorros e gatos de rua (e a levá-los pra casa também, muitas vezes). Mas, aqui, ainda não vi nenhum. Se vê  gatos andando pela rua, mas todos de coleira, o que significa que têm donos e estão dando uma voltinha.

Aliás, no Brasil, eu não deixava nunca meus gatos terem acesso à rua. Existia o  risco de atropelamento, e de pessoas que maltratam, dão carne com veneno, jogam pedra, tacam fogo…. Tudo porque o coitado do gato pulou no quintal da pessoa, ou chegou perto. Quem é envolvido com a causa animal sabe dos horrores que infelizmente ainda existem no nosso país, frutos da ignorância e da falta de compaixão.

Eu trouxe meus 4 gatos para a Escócia, e ainda não os deixo sair. Mas os gatos da vizinhança passeiam pelo nosso quintal todos os dias, e meus gatos ficam olhando, pela janela, indignados com tamanha ousadia. Ele vão por tudo e, quem gosta, faz carinho, dá comida (o gato da vizinha é alimentado em 3 casas diferentes) e quem não gosta, simplesmente ignora.

Essa falta de animais de rua é tanto resultado da mentalidade mais educada daqui quanto de políticas públicas de controle de animais. Claro que existem problemas, e vários abrigos de animais pedindo contribuições. Mas nem se compara à situação do Brasil.

De carro pelas Highlands: um passeio e muitas reflexões

[Escrito em conjunto por: Silvia Bueno Garofallo e Nicola Chiarelli Garofallo]

Sempre gostei de viajar de carro.

Na minha infância, para sair de Santa Maria, interior do Rio Grande do Sul, todas as viagens representavam longos passeios.

Para a minha natureza canceriana contemplativa, olhar pela janela do carro me trazia, e ainda me traz, momentos de paz. Começo a mentalmente comparar aquela experiência a todas situações da vida. Nas viagens, sempre vamos em frente. Vislumbramos lindas paisagens, o horizonte… onde, impreterivelmente chegaremos, passaremos e, depois, deixaremos para trás. E o deixar para trás não tira a beleza da viagem. Tudo passa. Inclusive o belo, inclusive o desejado. Sim…uma hora chegamos ao destino, mas muitas coisas ficaram para trás. Desapegamos. Não podemos segurar.

E assim eu fui, muito entusiasmada, pois sabia que teria meu momento de meditação rumo às Highlands, ponto turístico

A saga da carteira de motorista

Quando eu tinha 17 anos, eu estudava nos Estados Unidos, e tirei uma carteira de motorista de lá. Lembro que passei de primeira no exame teórico, mas rodei no prático porque não olhei por cima do ombro na hora de trocar de faixa. Passei na segunda tentativa, e acabei usando essa carteira americana por muito tempo, mesmo no Brasil. Só aos 20 anos eu fiz a carteira de motorista brasileira. Passei de primeira em ambos os testes, e lembro que foi muito tranquilo. E, essa semana, com …. err….. pouco mais de 30 anos (vamos deixar assim) eu finalmente cheguei ao fim da Odisseia que foi tirar a carteira de motorista do Reino Unido. Desses 3 países, achei o teste daqui o mais rigoroso.

Quem vem do Brasil, tem que fazer

Page 11 of 13

Desenvolvido em WordPress & Tema por Anders Norén

You cannot copy content of this page