Categoria: Contos Page 1 of 7
É muito comum, no folclore local, que lendas associem menires pré-históricos a “gigantes petrificados”. A “Stane O’ Quoybune”, que fica nas Ilhas Orkney e tem 4 metros de altura, é uma dessas “pedras-gigantes” que dizem já ter sido um gigante real.
Mas, aparentemente, o gigante não petrificou totalmente porque, segundo a lenda, todos os anos, à meia-noite do dia 31 de dezembro, essa pedra se move até um lago que fica próximo e mergulha sua ponta nele, para beber sua água gelada.
Dizem que, séculos atrás, uma rede de túneis foi descoberta na Royal Mile, conectando o Castelo de Edimburgo à Abadia de Holyrood. Na tentativa de mapeá-los, enviaram um jovem “piper” (tocador de gaita de foles) em uma missão: percorrer esses túneis tocando sua gaita, para que pudessem ir ouvindo e acompanhando, por cima, para marcar o trajeto.
Só que, lá pela metade do caminho de um deles, a música parou de repente. E o piper nunca mais foi encontrado, apesar de intensas buscas.
Dizem que, até hoje, o fantasma deste gaiteiro ainda caminha pela cidade velha e pelos arredores do castelo. Às vezes, sua música, como um lamento esvanecido, pode ser ouvida nas madrugadas frias.
Em 1158, o rei escocês David I resolveu caçar nos bosques ao redor do Arthur’s Seat, perto de onde ele mantinha um alojamento de caça. Ia feliz e saltitante, quando, do nada, um grande cervo branco apareceu e assustou seu cavalo. O rei caiu, e se viu em perigo mortal ao perceber que o cervo estava vindo para cima dele.
Existem algumas versões diferentes do que ocorreu a seguir: uns dizem que o rei agarrou os chifres do cervo, no desespero, outros dizem que uma sombra prateada apareceu entre os dois, detendo o animal. Mas a parte importante e consensual é que, em seguida, uma cruz brilhante apareceu entre os chifres do grande cervo branco, que ficou apenas parado, olhando o rei, antes de ir embora.