Campo de batalha de Culloden.
O local onde, em 16 de abril de 1747, o levante jacobita chegava ao fim. Foi a última batalha travada nesta ilha, e uma das mais brutais. Nesse local, em menos de uma hora, 1600 homens foram mortos. 1500 deles eram jacobitas.
Algumas obras de ficção, às vezes, retratam esse embate como uma luta de “escoceses contra ingleses”, o que está longe de refletir a realidade, muito mais complexa. Os jacobitas buscavam a restauração da linhagem Stuart no trono britânico. Entre eles, não havia apenas escoceses, mas também ingleses, irlandeses, e até franceses e outros estrangeiros. Muitos escoceses, inclusive nas Highlands, não apoiaram a causa, e eram hostis aos jacobitas. Por outro lado, entre as tropas do governo, contra as quais os jacobitas lutaram, também havia escoceses.
Mas o evento marcou a história da Escócia, em especial, devido às reprimendas do governo que se seguiram à batalha, buscando evitar futuros levantes. Novas leis focaram em minar a autonomia dos chefes de clãs (que foram os primeiros a apoiar a causa jacobita), modificando o modo de vida e a cultura locais de forma irreversível.
Pedras memoriais foram colocadas no século XIX, de acordo com o que as histórias familiares diziam sobre onde seus antepassados haviam caído.
Dizem que todo dia 16 de abril, aniversário da batalha, os fantasmas de Culloden voltam ao local e se fazem ouvir. Testemunhas relatam escutar gritos e choros, além do tinir de espadas batendo umas nas outras.
Maria Aldenora
Amável lugar