Em dezembro de 1998, um mendigo andava rapidamente pelas escuras ruas da cidade velha de Edimburgo. Buscando um abrigo da chuva, que ficava cada vez mais forte e mais gelada, ele entrou no cemitério de Greyfriars e forçou a porta de um antigo mausoléu. Dentro, em meio à escuridão, ele retirou uma grade de metal que dava acesso a uma espécie de porão, e desceu por uma curta e estreita escada de pedra.
Autor: Anelise Page 41 of 54
Um post assim pode parecer desnecessário pra muita gente, mas infelizmente nem todo mundo sabe ser um bom turista. Tudo bem, afinal, ninguém nasce sabendo e ninguém é obrigado a saber de tudo! Eu mesma já cometi tantos erros, por pura falta de informação, por ignorância mesmo, e me corrigi assim que tive ciência das coisas. Mas vamos ao cenário que inspirou este post:
Clava Cairns é um dos sítios arqueológicos da Idade do Bronze mais bem preservados do Reino Unido, construído há mais de 4000 anos atrás. Além de ser um local de sepultamento, também acredita-se que tenha sido usado em cerimoniais religiosos:
Antes visitado apenas por amantes de História e Arqueologia, Clava Cairns tem entrado com frequência em roteiros turísticos de fãs de Outlander desde que alguém resolveu dizer que o local teria inspirado Diana Gabaldon a criar o fictício círculo de pedras Craigh na Dun. Eu acho que isso é pura jogada de marketing turístico, já que Diana só visitou o local bem depois de ter publicado o livro e já mencionou que, se Clava Cairns tivesse inspirado Craigh na Dun, ela teria incluído os cairns (estruturas de pedras) na descrição do mesmo.
Além de “sol e calor”, obviamente. 😅
- Restaurante a quilo;
- Motoboy (aliás, motos são raras de se ver);
- Acostamento (existem espaços de paradas ao longo da rodovia, mas não acostamento);
- Ultrapassagens pelo acostamento (isso dava muita raiva);
- Gatos e cachorros de rua (existem sim bichinhos abandonados, mas são todos recolhidos, não se vê nenhum solto andando pelas ruas);
- Pet shop vendendo gatos e cachorros (aqui é bem regulamentado, só criadores podem vender. Mesmo assim, existe contrabando e imensas maldades com animais, mas não podem ser vendidos em lojas);
- Babás com uniformes (sabe aquelas madames que fazem as babás usarem uniforme branco o tempo todo? Impensável por aqui);
- Estudantes de medicina, odonto, enfermagem, nutrição e etcs desfilando pela rua de jaleco (sabe esses também? Igualmente impensável);
- Centro espírita, terreiro de umbanda, igrejas evangélicas (Church of Scotland de balde, algumas igrejas católicas perdidas aqui e ali, uma e outra Testemunha de Jeová, e um Centro de Cientologia em Edimburgo)
- Carros com porta-malas aberto e som a todo volume em praças, postos de gasolina, praias, etc (Impensável também)
- Vendas de catálogo em casa tipo Avon, Natura, Hinode e afins;
- Síndico de prédio (os prédios aqui não possuem síndico e nem condomínio. A organização é meio anárquica/societal….quando algo precisa de conserto, algum morador toma a frente e organiza uma vaquinha… sem crises, geralmente);
- Reunião de condomínio (vide acima);
- Porteiros em prédios;
- Guardas em casas;
- Vigias nas ruas;
- Muros altos nas casas (a maioria tem muros baixos. Quando possuem muros altos, é por algum motivo específico. Por ex, a casa da JK Rowling, em Edimburgo, tinha um muro verde de mais de 2 m de altura);
- Lotérica (conta se paga por internet banking, e apostas se faz em mercado, postos de gasolinas, lojinhas de esquina);
- Bancas de revista (jornais e revistas se compra nos mercados, postos de gasolina, lojinhas de esquina)
- Boleto bancário (a gente se livra deles aqui, nas não das contas, infelizmente)
- Carnê de parcelamento em lojas, tipo Casas Bahia, Renner, etcs (ou você paga à vista, ou não compra. Exceção para algumas pouquíssimas coisas, quando o parcelamento é então através do banco);
- Parcelar no cartão (não existe comprar parcelado no cartão. Compra-se à vista e, se necessário, paga-se apenas a parcela mínima do cartão todos os meses, o que, na prática, acaba sendo um tipo de parcelamento);
- Guardas armados em portas de bancos (nunca vi; nem detector de metal)
- Policiais armados (Vi apenas uma vez, em Edimburgo, nos dias seguintes a uma ameaça de bomba);
- Cartório (contratos geralmente não exigem reconhecimento de firma, e autenticação de documentos pode ser feita por advogados);
- Panfleteiros (a não ser na Universidade, ou durante o Fringe!);
- Vendedores e malabaristas no semáforo;
- Camelôs e vendedores de rua no geral (só em feirinhas. Nem pensar um cara sentado em um banquinho vendendo óculos de sol relógios e chips de celular);
- Caroneiros (nunca vi ninguém pedindo carona nas estradas);
- Cobrador e catraca em ônibus (o próprio motorista cobra e emite o ticket);
- Salgadinho de festa (ao invés de coxinha e pastelzinho, sanduichinhos de pepino e palitos de cenoura);
- Bater palmas ao cantar “Parabéns”, e depois também, e o “É big, é big…” ou o “Com quem será…” (aqui se canta um “Happy Birthday” baixinho, sem palmas, tranquilinho…. bem diferente daquela coisa ultra animada e sem fim do Brasil – que aliás prefiro!)
- Festas chiques, caríssimas e mega decoradas para bebês de 1 ano (geralmente, é um bolinho em casa, no silêncio do “Parabéns” baixinho – acho até que bebês preferem assim)
- Chás de bebê chiques, caríssimos e mega decorados (aliás, chás de bebê nem são tão populares assim);
- Buzinar para agradecer, ou para cumprimentar (buzina é “alerta”. Quando a gente quer agradecer algum carro que deu passagem, ou cumprimentar alguém, um leve aceno com a mão é suficiente);
- Vendinhas de beira de estrada (sabe o caldo de cana com pastel na BR? Impensável… infelizmente!)
- Senha no banco (os britânicos gostam é de fila mesmo);
- Furar fila (ah, nem tente!)
- Cadeiras e mesas de plástico de marcas de cerveja;
- Postes de luz com fios emaranhados e “gato” (a gigantesca maioria é subterrânea. Não os “gatos”, a luz);
- Frentista (a gente mesma abastece o próprio carro e depois entra na lojinha para pagar o valor. Ou, alternativamente, paga com o cartão na própria bomba);
- Flanelinha (sabe aquele que sinaliza dizendo “aqui, ó tia, pode deixar aqui que tá bem cuidado!” e depois tem que dar um troco pra ele? Não existe aqui);
- Trotes de vestibular (sabe aquele cara descalço, com cara pintada, que fica no semáforo segurando placa de “calouro” e pedindo dinheiro porque é calouro? Aqui, só se a cara fosse pintada de azul, a placa fosse de “Yes!” e o cara fosse um independentista completamente bêbado!)
Mora ou já morou na Escócia e lembrou de mais alguma? Me conta pra que a lista fique mais completa. 😉
Milhares de turistas visitam a Escócia todos os anos, e grande parte deles faz questão de ir até o Lago Ness para, quem sabe, avistar algo suspeito nadando em suas águas. Anualmente, são computados centenas de novos avistamentos. Muitos deles são facilmente identificáveis como sendo focas, troncos ou ondas – as águas do Ness possuem uma corrente interna que às vezes se move na direção contrária da externa, criando uma ilusão de ótica bastante convincente de “corcundas”. Mas muitos outros ficam sem explicação.
Os avistamentos mais convincentes costumam aparecer nos jornais daqui. Lembro de ter achado graça de um relato que li, de um sujeito que trabalha em uma destilaria de whisky ali perto e, quando estava voltando para casa, diz ter visto o monstro e bateu uma foto estranha de movimento nas águas. Lembrei, na hora, do guia da excursão que fiz a primeira vez que fui ao Lago Ness, e da resposta que ele me deu quando perguntei o que ele achava da lenda: “Bem, muita gente de confiança relata ter visto algo estranho….mas, você sabe, gente de confiança também bebe whisky….”
Aliás, para os escoceses, não existe um “monstro” no Lago Ness, e sim uma “monstra”, carinhosamente apelidada de Nessie. Meu filho, aos 4 anos, aprendeu na pré-escola do nosso vilarejo que Nessie é muito tímida, e por isso se esconde das pessoas. As professoras mostraram fotos e contaram histórias dos avistamentos mais famosos. Nessie é tão popular que já virou protagonista de filmes, livros, e até de um curta metragem da Disney intitulado “A Balada de Nessie”:
O início da lenda data do século XI, quando São Columba relatou ter salvo um morador local do monstro, ordenando que ele voltasse às profundezas do Ness.
O Culzean Castle foi construído no século XVIII, ao redor de uma construção mais antiga que datava do séc XI. Ele fica em uma grande propriedade em frente ao mar, no sul da Escócia.
Dizem que ele é assombrado por 7 fantasmas, incluindo o de um piper (tocador de gaita de foles) e uma pequena criada. Em 2005, um grupo de investigações paranormal passou uma noite lá, e verificaram a presença de uma família, e de um homem que ficou seguindo o grupo e observando-os. Em um dos cômodos, o aparelho de EVP gravou uma voz masculina dizendo “you f#$*ing bastard”.