Alexander III era rei da Escócia no século XIII, e um dos seus grandes feitos foi conseguir, depois de muitas guerras com o rei da Noruega, comprar as ilhas do oeste, que estavam sob controle nórdico há séculos (lembram da minha live no instagram, em Sutherland, onde expliquei isso?). Com isso, a Escócia recuperou quase a totalidade do seu território atual, a não ser por Orkney e Shetland, que permaneceram sendo territórios noruegueses até 1469.
Autor: Anelise Page 31 of 54
A caminhada de hoje foi pelo Roslin Glen, um vale que acompanha parte do rio Esk, ao sul de Edimburgo.
Este lugar é habitado desde pelo menos a Idade do Bronze (existem várias inscrições rupestres), e é repleto de histórias de fadas e mistérios.
A St Conan’s Kirk foi originalmente construida entre 1881 e 1886 por Walter Campbell, após se mudar para a região com a familia – não havia nenhuma igreja a uma distância conveniente).
Em 1760, um escocês chamado James Macpherson apareceu em Edimburgo com uma série de poemas épicos antigos. Disse que esses poemas haviam sido encontrados por ele, nos cafundós da Escócia, e estavam, originalmente, em gaélico escocês. James, que alegava ter apenas traduzido os tais poemas, publicou-os sob o título The Poems of Ossian.
Aparentemente, o verdadeiro autor dos poemas seria um tal de Ossian, um homem de tempos muito distantes. A narrativa dos versos é simples, e gira em torno do próprio Ossian, que relata tudo em sua velhice, cego, de seu pai Fingal, seu filho Oscar e de outros membros de sua família e suas aventuras. São histórias de “batalhas intermináveis e amores infelizes”, cheias de dramas dignos da mitologia grega. Fingal seria rei em uma região do sudoeste da Escócia, em uma época que não é declarada nos poemas mas que parece ser em torno do século III, quando os celtas ocupavam aquela região.
Esse é um assunto em que os escoceses podem estufar o peito de orgulho, porque eles praticamente inventaram o mundo moderno – vide foto 😆. E a gente sabe que isso não é (tanto) um exagero quando lê esta declaração, proferida por ninguém menos que Winston Churchill:
“De todas as pequenas nações da Terra, talvez apenas os antigos gregos tenham contribuído mais para a humanidade que os escoceses.”
E ele era inglês. 😉
Vai ficar impossível, aqui, fazer uma lista extensiva das contribuições, então vou citar apenas algumas, que talvez sejam menos conhecidas:
Algumas invenções: fotografia colorida, televisão, microondas, parafina, telefone, bicicleta, penicilina, pneus, geladeira, motor a vapor, insulina, radar, hipnose, torradeira, impressões digitais, descarga de vaso sanitário, ultrassom, anestesia geral, garrafa térmica. (quantas dessas coisas você já usou ou usa no seu dia-a-dia? Agradeça um escocês!)
Clonagem: Lembram da Jade, ops, não, da ovelha Dolly? Ela foi o primeiro mamífero a ser clonado, por cientistas escoceses.
McDonald’s: Ah, quer mais símbolo de mundo moderno do que o McDonald’s?!! Criado por descendentes de escoceses, claro.
Da Escócia surgiram grandes nomes que revolucionaram os campos da Economia, Sociologia, Filosofia, Astronomia, Geologia, Medicina, Física, etcs, (só isso já dá outro post enorme).
Sem a Escócia não teríamos Sean Connery, The Proclaimers, o golfe, Scotch whisky, Sherlock Holmes, Peter Pan, Ivanhoé, A Ilha do Tesouro, ou Harry Potter (autora inglesa mas morava aqui, e se inspirou muito no país). Não teríamos James Bond, Rob Roy, Coração Valente, electromagnetismo, vaquinhas com franja, ou o Tio Patinhas (já repararam que ele é escocês?).
Enfim, daria para ficar horas aqui, listando todas as contribuições deste pequeno e gelado país. Mas eu garanto que nossas vidas seriam bem diferentes se a Escócia não existisse. Se não acreditam em mim, acreditem no Churchill. 😁